Doença renal crônica (DRC)
Seu corpo remove o excesso de água do corpo filtrando o sangue através do rim. Isso requer um equilíbrio de sódio e potássio no corpo para puxar a água através da parede da corrente sanguínea para um canal coletor no rim. Uma dieta rica em sal alterará esse equilíbrio de sódio, fazendo com que os rins tenham função reduzida e removam menos água, resultando em pressão arterial mais alta. Isso sobrecarrega os rins e pode levar à doença renal.
Além disso, foi demonstrado que uma alta ingestão de sal aumenta a quantidade de proteína na urina, o que é um importante fator de risco para o declínio da função renal. Há também evidências crescentes de que uma alta ingestão de sal pode aumentar a deterioração da doença renal em pessoas que já sofrem de problemas renais.
Dados recentes da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) mostram que o número de doentes renais no Brasil dobrou na última década. Estima-se que 10 milhões de brasileiros sofram de alguma disfunção renal. Atualmente, entre 90 mil e 100 mil pessoas passam por diálise no país.
Outro ponto importante é que mais de 70% dos pacientes que iniciam a diálise descobrem a doença quando os rins já estão gravemente comprometidos.
Como o sal contribui?
A ingestão de sal aumenta a quantidade de proteína urinária, que é um importante fator de risco para o desenvolvimento de doenças renais e cardiovasculares.
Pedras nos rins (renais)
Pedras nos rins são relativamente comuns. Ao longo da vida, 6% das mulheres e 11% dos homens terão pedras nos rins pelo menos uma vez. Embora comuns, as pedras nos rins são dolorosas e podem causar náusea, dificuldade em urinar e podem progredir para doença renal se houver um bloqueio.
Além de ser um fator de risco para doença renal, uma dieta rica em sal tem sido associada a cálculos renais. Uma dieta rica em sal pode aumentar a quantidade de cálcio perdida na urina, o que pode causar cálculos renais. Vários estudos mostraram com sucesso que uma redução no consumo de sal pode reduzir a excreção de cálcio e reduzir a recorrência de cálculos renais.
Perder muito cálcio na urina (conhecida como hipercalciúria) está presente em 80% dos pacientes com cálculos renais e também foi descoberto que indivíduos com pressão arterial elevada são mais propensos a desenvolver cálculos renais. Uma redução na ingestão de sal pode, portanto, ser particularmente benéfica para essas pessoas, pois não apenas reduz a pressão arterial, mas também pode reduzir a excreção urinária de cálcio. Descobriu-se que uma dieta projetada para reduzir a hipertensão (a dieta DASH) está associada a uma diminuição acentuada no risco de cálculos renais.
Quais são os grupos de risco que contribuem para a doença renal crônica?
Pessoas com pressão alta, infecções urinárias persistentes e doença de Crohn correm maior risco de pedras nos rins. Além disso, homens brancos britânicos com idades entre 30 e 60 anos e aqueles com histórico familiar de cálculos renais correm maior risco.
Conselhos alimentares
Pessoas com ou consideradas em risco de doença renal ou insuficiência renal devem garantir que mantenham a ingestão de sal abaixo do máximo recomendado de 6g. Isso pode ser alcançado por mudanças simples, como consumir menos alimentos processados e verificar os rótulos dos produtos antes da compra.